Francinilda Bandeira - Tefé/Am
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Evasão Escolar - como manter todos na escola
Como
manter todos na escola
É fácil
culpar o aluno pelo abandono, mas o desafio de diminuir os índices de evasão
exige que a escola repense suas práticas cotidianas.

Não será. O desafio de ser professor exige educar todos, sem exceção. O Brasil, por enquanto, está perdendo essa batalha. É verdade que os índices de acesso à Educação avançaram nas últimas três décadas (97,6% das crianças e dos adolescentes entre 7 e 14 anos estão na escola). Mas os indicadores de permanência - a taxa de abandono, que mostra os que não concluíram o ano letivo, e a de evasão, que aponta os que não se matricularam no ano seguinte - não caminharam no mesmo ritmo. Hoje, de cada 100 estudantes que ingressam no Ensino Fundamental, apenas 36 concluem o Ensino Médio.
De
quem e a culpa
Responsabilizar o aluno pelo
abandono é a saída mais fácil. Na verdade, ele é o menos culpado. Pesquisas
indicam que existem dois conjuntos de fatores que interferem no abandono
escolar. O primeiro deles é o chamado risco social. Fatores como a condição socioeconômica
e o lugar de residência podem aumentar a pressão para a desistência: com a
necessidade de complementar a renda familiar, muitos jovens são atraídos pelo
trabalho precoce e largam os livros.
Porque
o aluno se sente desmotivado
Segundo dados da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2007, apenas 21,8% dos
adolescentes que têm ocupação continuam indo às aulas. Entretanto, os estudos
mostram que a própria escola colabora para agravar a evasão. Os altos índices
de repetência exercem um papel fortíssimo - longe de sua faixa etária original,
o aluno se sente desmotivado a seguir aprendendo.
A
escola não serve para nada
A miopia para enxergar o
problema atrapalha. Em geral, a interrupção dos estudos é o passo final de um
processo que deixa sinais. O primeiro costuma ser o desinteresse em sala. Indisciplina
e atos de violência também são comuns. Logo começam as faltas, cada vez mais
frequentes. Por fim, a ausência definitiva. Também são recorrentes, sobretudo
entre os jovens, as queixas de que a escola "não serve para nada".
Porque
ir a escola
Estudioso da relação entre os
jovens e o saber, o pesquisador francês Bernard Charlot descobriu que a maioria
só vê sentido em ir à escola para conseguir um diploma, poder ganhar dinheiro
num emprego ou ter uma vida tranquila no futuro. Como predomina a ideia de um
aprendizado sem sentido, muitos se desestimulam e desistem. O relatório Motivos
da Evasão Escolar, da Fundação Getulio Vargas (FGV), aponta que o desinteresse
é a causa principal da saída definitiva para adolescentes entre 15 e 17 anos.
Como
reverter a evasão
Fica claro que a escola precisa
olhar para si própria. Do ponto de vista da gestão, uma providência essencial é
atacar as causas da evasão. O acompanhamento eficiente da frequência - que também
deve estar na pauta das reuniões pedagógicas - ajuda a mapear o problema e
identificar os motivos das faltas. Dependendo da razão, é possível escolher a
melhor forma de reverter o quadro: conversas com pais e alunos, visitas às
famílias, aulas de reforço e campanhas internas e na comunidade.
Suspensões
e expulsões são eficazes
O tom deve ser de parceria e
acolhimento, nunca de punição. Suspensões e expulsões podem ser rediscutidas. A
ideia é simples: se a indisciplina é um dos caminhos que levam à evasão, não
faz sentido punir o aluno impedindo que ele vá à escola. Em vez disso, é
possível pensar em medidas que modifiquem a rotina do estudante, mas que o
mantenham na instituição - estudar sozinho, com a obrigação de acompanhar o
conteúdo, é uma alternativa.
Como
garantir que os alunos estão aprendendo
É necessário também arrumar o
"lado de fora" dos muros, atacando o risco social. Em termos de
políticas públicas, atrelar benefícios sociais como o Bolsa Família à
frequência escolar funcionou, reduzindo na população atendida de 4,4 para 2,8%
o total de crianças e jovens entre 7 e 14 anos fora da escola. Ampliar a ação
pode dar bons resultados. Mas é preciso também garantir que esses alunos
aprendam. Nesse sentido, uma boa sugestão é adicionar critérios que possam
indicar se o estudante de fato avançou, aproveitando o direito a uma Educação
de qualidade - e para todos.
EVASÂO ESCOLAR
Um programa para corrigir a defasagem idade-série
Conheça
o projeto de aceleração implantado por Amarildo Lima no Centro de Ensino
Fundamental (CEF) 427, em Samambaia, a 45 quilômetros de
Brasília.
Em 2007, aos 15 anos, Marcelo
Siqueira já havia repetido cinco vezes a 5ª série do Ensino Fundamental, com
direito a um ano inteiro fora da escola antes da última bomba. Ele não
acreditava mais que pudesse avançar e estava a ponto de abandonar os estudos -
como fazem 19% dos alunos que cursam uma série abaixo da que seria a prevista
para a idade. Porém esse não foi o destino de Marcelo. Em 2008, o garoto teve a
chance de participar do programa de aceleração A Hora É Esse - Avanço
Excepcional, implantado no Centro de Ensino Fundamental (CEF) 427, em
Samambaia, a 45
quilômetros de Brasília - que rendeu ao diretor da
escola, Amarildo Reino de Lima, o título de Gestor Nota 10 no Prêmio Victor
Civita - Educador Nota 10. O trabalho destacou-se entre os 644 inscritos na
categoria por concentrar esforços de toda a equipe para corrigir o fluxo de
alunos em defasagem idade-série.
Em 2008, quando Amarildo assumiu
a direção do CEF 427, perto de 400 dos mil matriculados no Ensino Fundamental
já tinham repetido de ano pelo menos uma vez e ele estabeleceu como objetivo
solucionar essa distorção (leia mais
sobre a trajetória do diretor no quadro abaixo). "Nossa equipe
se focou em bolar soluções para que os jovens voltassem a estudar com os
colegas da mesma idade e superassem os problemas causados por tantos anos de
repetência", afirma ele. A base do A Hora É Essa - Avanço Excepcional foi
a criação de turmas de aceleração.
"Tenho consciência de que
meu papel é servir a comunidade e garantir a aprendizagem dos alunos. A escola
e a casa nunca podem fechar as portas para uma criança." É com esse
pensamento que Amarildo Reino de Lima trabalha há 12 anos na rede do Distrito
Federal. Ele já se incomodava com a repetência quando era professor de
Matemática: "Percebia que, ano a ano, dezenas de estudantes ficavam
retidos. Muitos, com vergonha, abandonavam a escola ou começavam a apresentar
problemas de comportamento. E ninguém sabia o que fazer". Formado em
Economia e Matemática e especialista em Gestão Escolar , ele
assumiu o CEF 427 após uma rigorosa seleção feita pela Secretaria de Educação
do Distrito Federal. Além de passar por provas escritas e entrevistas, Amarildo
teve de apresentar um plano de trabalho para solucionar o problema da
defasagem. No fim de 2008, depois de um ano de execução do projeto A Hora É
Essa - Avanço Excepcional, ele foi eleito para continuar no cargo de direção
por mais dois anos, com mais de 90% dos votos. Este ano, o projeto continua
para quem ainda precisa. Amarildo espera que, em 2010, com a ampliação do
trabalho da coordenação pedagógica e da formação de professores, seja possível
acabar de vez com a defasagem.
Segundo os especialistas, quando
há poucos alunos nessa situação, o melhor é mantê-los nas turmas originais, sem
obrigá-los a repetir de ano, e promover o avanço com aulas de reforço,
adaptações curriculares e flexibilização da avaliação. Porém o caso do CEF 427
agravou-se de tal forma no decorrer dos anos que, quando o gestor assumiu, o
número de repetentes estava muito acima do aceitável. "O reagrupamento
permitiu um trabalho bem direcionado às necessidades de aprendizagem", afirma
Ana Inoue, selecionadora do Prêmio Victor Civita.
ESFORÇO CONCENTRADO
A proposta de criar seis salas de aceleração foi
apresentada para toda a comunidade escolar, que a debateu amplamente. A chave
do sucesso, nesse caso, foi o envolvimento de todos. Mais especificamente dos
professores, que tiveram de montar um currículo adequado às novas exigências.
O primeiro desafio foi envolver os docentes e convencer
os mais resistentes de que concentrar o ensino dos principais conteúdos num
espaço de tempo mais curto (dois anos em um ou dois semestres) era o único
caminho possível. Para isso, havia a necessidade de rever o planejamento das
aulas, selecionar os temas a trabalhar e mudar a maneira de ensinar, pois
garantir a aprendizagem sempre foi uma condição inegociável. "Muitos
professores estavam acostumados a dar as mesmas aulas e usar as mesmas
estratégias didáticas de muitos anos", conta Amarildo. O argumento final
para convencê-los foi de que alguma coisa precisaria mudar, pois o que tinha
sido feito até então, comprovadamente, não estava dando resultados.
Os esforços se concentraram no estabelecimento de
uma rotina de trabalho com os docentes e coordenadores pedagógicos. Usando como
base o currículo do Distrito Federal, eles selecionaram os conteúdos básicos
que permitissem aos alunos avançar a ponto de poder retornar às turmas
regulares e, o mais importante, revira a maneira de ensinar. Como lembra o professor
de Matemática Ribamar Souza, "passamos a ouvir mais os alunos para
conhecê-los melhor e assim escolher formas mais eficientes de fazer com que
aprendessem. Esse tema era constante em nossas reuniões pedagógicas".
A escola passou por uma reorganização para reservar
as salas necessárias. Os coordenadores fizeram o escalonamento de horários para
a atribuição de aulas e planejaram a formação dos professores. Paralelamente,
Amarildo preocupou-se em envolver os pais em reuniões com a equipe gestora. Nos
encontros, a tônica era a oportunidade de mudança. "Em nenhum momento,
falamos em fracasso", diz Francilene Nunes, uma das quatro coordenadoras pedagógicas.
No fim de 2008, 90% dos
participantes do A Hora É Essa - Avanço Excepcional tinham recuperado pelo
menos um ano. A distorção idade-série foi reduzida em 25%. Marcelo Siqueira, o
jovem citado na abertura desta reportagem, agora está na 8ª série. "Hoje
sou aluno destaque na turma porque sempre tiro boas notas e tenho gosto em
estudar." Na avaliação feita pela Secretaria de Educação do Distrito
Federal, da qual todos os estudantes da escola participaram, a CEF 427
surpreendeu e obteve a melhor nota do Distrito Federal, ficando acima da média
da rede. "Hoje, nossos estudantes podem pensar em um futuro bem diferente
do que a maioria imaginava ter há dois anos", comemora Daniela da Silva,
professora de Língua Portuguesa.
http://www.infoescola.com/educacao/evasao-escolar/
Projeto institucional:
correção de fluxo na escola
Como corrigir a defasagem entre idades e série dos
alunos e garantir a aprendizagem.
Mais
sobre reintegração
Reportagens
Vídeos
- O
trabalho do vencedor do Prêmio Victor Civita - Gestor Nota 10: Amarildo de
Lima
- Depoimentos
de alunos, professores e pais do CEF 427
Ficha
Objetivos
- Corrigir a defasagem entre idade e série dos alunos.
- Garantir a aprendizagem dos conteúdos básicos.
Anos
6º ao 9º.
Conteúdos da Gestão Escolar
- Aprendizagem
Elaboração do currículo, flexibilização da avaliação e acompanhamento do desempenho dos alunos.
- Relações pessoais
Reorganização da rotina e do horário de trabalho de professores, coordenadores pedagógicos e orientadores educacionais.
- Comunidade
Reunião com os pais dos alunos das turmas de aceleração para envolvê-los no projeto e na avaliação dos resultados.
- Espaço
Organização das classes de aceleração.
Tempo
Um ano.
Material necessário
O material didático é o mesmo das turmas regulares. O uso de outros recursos depende do planejamento.
Desenvolvimento
1ª etapa
Diagnóstico e divisão das turmas
Organize um levantamento para saber o número de alunos com histórico de repetência. Para isso, use os registros e dados da escola. Se houver uma quantidade significativa de estudantes nessas condições, forme classes de aceleração agrupando os alunos com idades próximas numa mesma turma. Eles devem fazer uma prova específica, preparada pela equipe pedagógica, para conhecer as dificuldades e os conteúdos que terão de ser mais trabalhados.
2ª etapa
Mobilização das famílias
Chame os pais para conhecer o programa e mostre os objetivos. Cabe a eles decidir sobre a participação do filho no projeto. Durante o ano, mantenha contato com os familiares para que eles relatem o que observam em casa em relação à aprendizagem, ao comportamento e às eventuais dificuldades.
3ª etapa
Preparação da equipe
O projeto deve ser elaborado pelo diretor em parceria com a coordenação pedagógica e os professores envolvidos, prevendo as metas a serem atingidas, o cronograma e as responsabilidades de cada um. Apresente a ideia inicial para toda a equipe docente, mostrando a importância da iniciativa para reintegrar os alunos com histórico de fracasso escolar (e abra espaço para receber sugestões e fazer ajustes). Coordenadores pedagógicos e professores são peças-chave, pois cabe a eles sugerir as adaptações curriculares e traçar as estratégias de ensino. A resistência inicial pode ser grande, já que a proposta envolve mudanças na grade, nas atribuições das aulas e também um esforço para adaptar estratégias pedagógicas. Deixe claro que a equipe gestora apoiará o processo e ofereça condições de trabalho.
4ª etapa
Adaptação do currículo
Selecionar o que é fundamental para que os alunos aprendam é a base do projeto. Use como referência o currículo da rede e traga para consulta propostas elaboradas para a Educação de Jovens e Adultos, já que elas apresentam uma condensação de conteúdos. Acompanhe o trabalho dos professores e coordenadores pedagógicos, garantindo a presença no programa dos conteúdos básicos de cada disciplina para que os estudantes possam, depois, acompanhar as classes regulares após a correção de fluxo. Os encontros de planejamento e formação continuada são os mais adequados para moldar o currículo. Por isso, garanta a regularidade desses momentos e esteja presente para ajudar a pensar em estratégias.
5ª etapa
Acompanhamento
Para acompanhar a frequência e o desempenho dos estudantes das classes de aceleração, peça que os professores elaborem relatórios individuais, com informações sobre o progresso de cada aluno. Esses documentos são úteis nas reuniões de trabalho coletivo e servem de base para promover a readequação da prática em sala de aula. Os coordenadores pedagógicos, além de auxiliar na adaptação do currículo, trazer referências e orientar a equipe docente, são os responsáveis por observar o andamento das atividades em sala de aula. O diretor coordena todo o processo e divide com o orientador educacional o contato com as famílias e as mudanças de estratégias para incluir e ajudar o estudante.
6ª etapa
Flexibilização da avaliação
A avaliação dos alunos das classes de aceleração deve ser a mais ampla possível. A sugestão é sustentá-la em três pontos: numa prova específica elaborada com base nos conteúdos trabalhados em sala de aula; em outra prova de caráter mais geral, que deve ser feita também pelos que estudam nas classes regulares, abordando os conteúdos básicos (ela serve para apontar se os alunos acelerados podem ser reintegrados às turmas originais); e, finalmente, no acompanhamento de atitudes importantes para o desenvolvimento do perfil de estudante. O projeto A Hora É Essa, em Samambaia, criou a Nota Positiva, responsável por 20% do conceito geral do aluno, em que são avaliados o cuidado com os materiais, a participação nas aulas, a presença e outros comportamentos.
Avaliação
A medida do sucesso do projeto de aceleração é a aprendizagem dos alunos. A diminuição da evasão e a frequência são índices importantes e devem ser monitorados pelos gestores. A participação em avaliações externas, como a Prova Brasil, também serve para indicar se houve avanço.
- Corrigir a defasagem entre idade e série dos alunos.
- Garantir a aprendizagem dos conteúdos básicos.
Anos
6º ao 9º.
Conteúdos da Gestão Escolar
- Aprendizagem
Elaboração do currículo, flexibilização da avaliação e acompanhamento do desempenho dos alunos.
- Relações pessoais
Reorganização da rotina e do horário de trabalho de professores, coordenadores pedagógicos e orientadores educacionais.
- Comunidade
Reunião com os pais dos alunos das turmas de aceleração para envolvê-los no projeto e na avaliação dos resultados.
- Espaço
Organização das classes de aceleração.
Tempo
Um ano.
Material necessário
O material didático é o mesmo das turmas regulares. O uso de outros recursos depende do planejamento.
Desenvolvimento
1ª etapa
Diagnóstico e divisão das turmas
Organize um levantamento para saber o número de alunos com histórico de repetência. Para isso, use os registros e dados da escola. Se houver uma quantidade significativa de estudantes nessas condições, forme classes de aceleração agrupando os alunos com idades próximas numa mesma turma. Eles devem fazer uma prova específica, preparada pela equipe pedagógica, para conhecer as dificuldades e os conteúdos que terão de ser mais trabalhados.
2ª etapa
Mobilização das famílias
Chame os pais para conhecer o programa e mostre os objetivos. Cabe a eles decidir sobre a participação do filho no projeto. Durante o ano, mantenha contato com os familiares para que eles relatem o que observam em casa em relação à aprendizagem, ao comportamento e às eventuais dificuldades.
3ª etapa
Preparação da equipe
O projeto deve ser elaborado pelo diretor em parceria com a coordenação pedagógica e os professores envolvidos, prevendo as metas a serem atingidas, o cronograma e as responsabilidades de cada um. Apresente a ideia inicial para toda a equipe docente, mostrando a importância da iniciativa para reintegrar os alunos com histórico de fracasso escolar (e abra espaço para receber sugestões e fazer ajustes). Coordenadores pedagógicos e professores são peças-chave, pois cabe a eles sugerir as adaptações curriculares e traçar as estratégias de ensino. A resistência inicial pode ser grande, já que a proposta envolve mudanças na grade, nas atribuições das aulas e também um esforço para adaptar estratégias pedagógicas. Deixe claro que a equipe gestora apoiará o processo e ofereça condições de trabalho.
4ª etapa
Adaptação do currículo
Selecionar o que é fundamental para que os alunos aprendam é a base do projeto. Use como referência o currículo da rede e traga para consulta propostas elaboradas para a Educação de Jovens e Adultos, já que elas apresentam uma condensação de conteúdos. Acompanhe o trabalho dos professores e coordenadores pedagógicos, garantindo a presença no programa dos conteúdos básicos de cada disciplina para que os estudantes possam, depois, acompanhar as classes regulares após a correção de fluxo. Os encontros de planejamento e formação continuada são os mais adequados para moldar o currículo. Por isso, garanta a regularidade desses momentos e esteja presente para ajudar a pensar em estratégias.
5ª etapa
Acompanhamento
Para acompanhar a frequência e o desempenho dos estudantes das classes de aceleração, peça que os professores elaborem relatórios individuais, com informações sobre o progresso de cada aluno. Esses documentos são úteis nas reuniões de trabalho coletivo e servem de base para promover a readequação da prática em sala de aula. Os coordenadores pedagógicos, além de auxiliar na adaptação do currículo, trazer referências e orientar a equipe docente, são os responsáveis por observar o andamento das atividades em sala de aula. O diretor coordena todo o processo e divide com o orientador educacional o contato com as famílias e as mudanças de estratégias para incluir e ajudar o estudante.
6ª etapa
Flexibilização da avaliação
A avaliação dos alunos das classes de aceleração deve ser a mais ampla possível. A sugestão é sustentá-la em três pontos: numa prova específica elaborada com base nos conteúdos trabalhados em sala de aula; em outra prova de caráter mais geral, que deve ser feita também pelos que estudam nas classes regulares, abordando os conteúdos básicos (ela serve para apontar se os alunos acelerados podem ser reintegrados às turmas originais); e, finalmente, no acompanhamento de atitudes importantes para o desenvolvimento do perfil de estudante. O projeto A Hora É Essa, em Samambaia, criou a Nota Positiva, responsável por 20% do conceito geral do aluno, em que são avaliados o cuidado com os materiais, a participação nas aulas, a presença e outros comportamentos.
Avaliação
A medida do sucesso do projeto de aceleração é a aprendizagem dos alunos. A diminuição da evasão e a frequência são índices importantes e devem ser monitorados pelos gestores. A participação em avaliações externas, como a Prova Brasil, também serve para indicar se houve avanço.
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
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